Neste artigo procuramos, de forma resumida, promover uma rápida caracterização das práticas e serviços educativos realizados por entidades e agências ligadas ao sindicalismo urbano em São Paulo, no período de 1960 a 1978. Para tal adotamos uma periodização que privilegia os seguintes momentos: início dos anos 60, 1964 a 1974 e período posterior a1975. No primeiro período as práticas de educação sindical foram desenvolvidas principalmente por agências externas ao movimento sindical, controladas pelo governo; voltavam-se, ora para os dirigentes sindicais, ora para os associados. A educação oferecida aos dirigentes era utilizada como um instrumento de perpetuação da estrutura sindical controlada pelo Estado. Ao mesmo tempo os cursos oferecidos aos associados tinham o caráter de suplência em relação ao ensino público oficial. No período imediatamente posterior a 1964 observaram-se poucas alterações nas propostas de educação sindical. Na verdade aumentam os cursos de caráter supletivo oferecidos aos associados. Mas, no período de 1970 a 1974 começam a ser criados, como parte do movimento de resistência ao golpe de 64, os cursos de capacitação sindical de iniciativa própria dos sindicatos mais avançados. Tais cursos têm por objetivo servir a uma prática mais congruente com o movimento sindical que procura organizar os trabalhadores. No período de 75 esboça-se uma tendência no sentido de diminuição de ofertas de cursos de suplência e incremento de cursos, palestras, seminários.
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