Em vez de fazer uma rápida revisão das contribuições antropológicas mais recentes, prefiro retornar ao primeiro antropólogo a se ocupar, de uma perspectiva tanto histórica como estrutural, da condição social da mulher. Estou pensando em Lewis Morgan e sua obra A Sociedade Antiga que, como todos sabem, serviu de base para Engels na sua obra A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Quero sugerir que, a luz da teoria da História proposta por estes dois autores, tentemos repensar algumas questões básicas. Acredito que qualquer solução que se queira das a condição da mulher pressupõe, em primeiro lugar, uma compreensão das suas determinações historicamente específicas. Em síntese, o que Morgan sugeria era que, em última instância, é o grau de desenvolvimento das artes de subsistência que determina as formas de família em cujo âmbito se definem as funções e prerrogativas sociais do homem e da mulher.
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