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A música como amálgama cultural na montagem de Romeu e Julieta, do grupo galpão

    1. [1] Universidade do Estado de Minas Gerais

      Universidade do Estado de Minas Gerais

      Brasil

  • Localización: Anuário de literatura: Publicaçao do Curso de Pós-Graduaçao em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, ISSN 1414-5235, Vol. 22, Nº 1, 2017, págs. 72-82
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • A montagem de 1992 da peça Romeu e Julieta pelo Grupo Galpão, companhia teatral de Minas Gerais, caracteriza um importante momento de apropriação de uma das obras mais conhecidas do dramaturgo inglês William Shakespeare. Nessa adaptação, a música utilizada em cena ocupa um espaço central na trama. Os atores não apenas representam seus papéis, mas também tocam diversos instrumentos e cantam. A presença da música na adaptação resgata seu papel e valor nas performances para a audiência do teatro elisabetano e mostra como o Galpão traz essa informação para a contemporaneidade, possibilitando uma maior compreensão da recepção da obra de Shakespeare em contextos locais. As músicas selecionadas para a trilha sonora da peça formam uma espécie de “amálgama cultural”, por enfatizarem a grandeza e a força dos sentimentos dos trágicos protagonistas no desenrolar da trama, e também por constituírem um elemento-chave para a receptividade da plateia, cuja empatia com as canções é imediata. No contexto dos Estudos Culturais, que endossam uma noção plural e híbrida do conceito de cultura, a inserção de elementos tipicamente locais e de cunho popular, como modinhas, serestas e músicas folclóricas ressalta a pertinência e a atualidade dessas abordagens do texto shakespeariano.


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