Thirty years later, Iberian cross-border cooperation has been the subject of numerous analyzes, some more academic, others more institutional, others more empirical. Without departing from a brief historical review of Iberian cross-border cooperation in the south of the peninsula, we believe, however, in the current international and European context, marked by a high contingency and political risk, a less realistic and more prospective reflection on peninsular relations is needed. The two Iberian countries should, for their own benefit, design a sort of peninsular observatory of their intra- and extra-European relations, which is why it seems appropriate to draw some analysis grids from meso-prospective scenarios to the southwest of the peninsula. The multilevel governance hypothesis among local, regional and trans-border territories is the most probable scenario in order to achieve a good and promising neighbouring. In this context, the construction of a Euroregion of the South-West Peninsular is a medium- and long-term goal, which does not mean that we should not take initiatives and decisions right now. In the open and competitive world in which we live, the constitution of a new territorial intelligence, with its own attributions and competences, presents itself as an extremely attractive approach, in the sense of agglutination of resources, territorial cohesion, mutual gains of economies of scale and projection of regional economies in wider markets, following an intelligent commitment to competitiveness and cohesion.
The 2010 constitution of the AAA Euroregion (Alentejo, Algarve, Andalusia) is an initiative in the right direction and very promising. This is the main message of this essay. In the year 2010 the AAA has been created to test this relationship. We all hope that a new territorial collective intelligence will come and bring about a new sphere of competences
A cooperação transfronteiriça peninsular, trinta anos depois, já foi objeto de inúmeras análises, umas mais académicas, outras mais institucionais, outras mais empíricas. Sem prescindir de mais uma breve resenha histórica da cooperação transfronteiriça no sul da península, julgamos, todavia, que no actual contexto internacional e europeu, marcado por uma elevada contingência e risco político, se justifica plenamente uma reflexão menos realista e mais prospectiva das relações peninsulares. Os dois países ibéricos deveriam conceber, para seu próprio benefício, uma espécie de observatório peninsular das suas relações intra e extra-europeias, razão pela qual nos parece apropriado desenhar algumas grelhas de análise a partir de cenários de meso-prospectiva para o sudoeste peninsular. A hipótese mais provável é uma governação multiníveis do relacionamento peninsular fronteiriço. Neste contexto, a construção de uma Eurorregião do Sudoeste Peninsular é um objectivo de médio e longo prazo, o que não significa que não devamos tomar iniciativas e decisões desde já. No mundo aberto e competitivo em que vivemos, a constituição de uma nova inteligência territorial, com atribuições e competências próprias, apresenta-se como uma abordagem extremamente atractiva, no sentido de aglutinação de recursos, coesão territorial, ganhos mútuos de economias de escala e projecção das economias regionais em mercados mais alargados, segundo um compromisso inteligente de competitividade e coesão. A constituição em 2010 da Eurorregião AAA (Alentejo, Algarve, Andaluzia) é uma iniciativa na boa direcção e muito prometedora.
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