O ódio à viagem e aos exploradores, confessado por Claude Lévi-Strauss desde a abertura de Tristes trópicos, fundamenta a ambivalência do conceito de etnocentrismo na sua teoria etnográfica. Pureza e distância original entre culturas diferentes delimitam o campo da análise feita pelo autor. No entanto, graças a um golpe do acaso, como ele também confessa, sua viagem se realiza. A presença intelectual de Lévi-Strauss na formação da USP, na década de 30, fundamenta uma faseoutra da discussão sobre o transplante das idéias progressistas européias para os trópicos, cujo rebento mais recente é a polêmica entre Maria Sylvia de Carvalho Franco e Roberto Schwarz sobre as idéias “fora do lugar”.
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