Neste trabalho, o romance Muana Puó, do escritor angolano Pepetela, é analisado do ponto de vista das relações entre história, ficção e utopia, ou seja, como narrativa que se apropria de acontecimentos históricos de Angola, utilizando-se da forma ficcional e incorrendo em construções utópicas. O arcabouço teórico desta investigação é constituído, principalmente, pelas reflexões sobre a cultura realizadas por Frantz Fanon, Homi K. Bhabha e Edward Said; as investigações de Bloch, Baczko, Münster e Paquot sobre a utopia; as categorias conceituais da filosofia existencialista de Martin Heidegger; e os estudos de Laura Cavalcante Padilha, Rita Chaves e Inocência Mata sobre as literaturas africanas de língua portuguesa, sobretudo aqueles que privilegiam a literatura angolana. O livro é examinado da perspectiva da proposição de uma utopia mito-poética baseada nos significados da máscara tribal Muana Puó.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados