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Adília Lopes – ironista

  • Autores: Rosa Maria Martelo
  • Localización: Scripta, ISSN-e 2358-3428, ISSN 1516-4039, Vol. 8, Nº. 15, 2004 (Ejemplar dedicado a: SCRIPTA 15), págs. 106-116
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • O nome Adília Lopes tanto designa uma leitora profundamente interessada pela tradição poética erudita como uma assumida “poetisa pop”. E enquanto a primeira gosta de recordar referências fundamentais da Modernidade, de Rimbaud a Apollinaire, de Cesário a Pessoa, derivando para Sophia, Herberto Helder ou Sylvia Plath, ou facilmente recua no tempo literário ocidental até Diderot, S. João da Cruz e Virgílio, a segunda parece valorizar mais todo um outro universo de escrita, no qual avultam os contos infantis, as leituras da adolescência, o folhetinesco e o fait-divers das revistas femininas. Sem nunca pôr de parte as referências literárias de Adília-leitoraerudita, é sobretudo este o mundo que a “poetisa pop” gosta de reescrever, mostrando até que ponto ele é atravessado por uma insidiosa crueldade e tornando indistintas as fronteiras que o separavam (separam?) da Literatura. Entre cultura erudita e cultura de massas, entre referências eruditas e uma linguagem muito próxima dos registros orais pouco vigiados, usando um verso que, por vezes, parece premeditadamente distraído num ritmo muito fácil, Adília Lopes faz apelo à memória de um mundo adolescente onde o bem e o mal, o alto e o baixo, o bom e o mau gosto pareciam irredutivelmente distintos, para tudo indiferenciar, agora, com dessacralizadora ironia. 


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