Focalizando um micromodelo do sertão, o "Liso do Sussuarão", este ensaio es tuda a construção da paisagem em Grande sertão: veredas como componente de um retrato do Brasil. Partindo do confronto entregeografia inventada e geografia rea l, examina-se a tese rosiana do sertãocomo um "pensamento" que "se forma mais forte do que o poder do lugar", comparando essa tese com o paradigma dos viajantes naturalistas, o determinismo positivista de Euclides da Cunha e a nova historiografia. Como traço estilístico dominante é detectado um modo de escreverque S€ pode chamar de "poética da dissolução", pela qual o romance de Rosa se configura como um poderoso dissolvente de outros tipos de discursos sobre o Brasil.
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