Este artigo objetiva pensar a imagem como o cerne da palavra poética, levando em consideração que ela interfere na mobilidade e intermutabilidade da palavra, conduzindo-nos a pensar a linguagem poética como um lugar de sedução – conforme sugere Leyla Perrone-Moisés –, logo, uma teia pegajosa em que poeta e palavra se debatem, prazerosa ou arduamente, ao ponto de tal embate resultar na transcendência da materialidade linguística. Pretende-se nesse ensaio ler alguns poemas de literatura de língua portuguesa para refletir sobre a relação entre o erótico e a palavra poética.
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