A proposta deste artigo é a de se aproximar da questão que envolve a noção de método, nas propostas genealógicas das filosofias de Giorgio Agamben e Michel Foucault. Para tanto, propomos um itinerário epistemológico que percorre os pontos que julgamos ser nucleares, no que tange ao problema da continuidade e descontinuidade presente na dinâmica relacional, em termos de influência, que o filósofo francês tem exercido sobre o pensamento em curso do filósofo italiano. Tudo isso acaba sendo considerado, fundamentalmente, desde a perspectiva de suas reconstruções genealógicas do poder. O ponto nodal, conforme a nossa leitura, está posto substancialmente na questão da genealogia teológica da economia e do governo no que diz respeito ao pensamento de Agamben. No caso de Foucault, é na questão do biopoder que se mostra o ponto nuclear de nossa leitura. Em razão disto, matizamos o texto em três momentos centrais e que são respectivamente descritos: (i) da premissa investigativa genealógica de Agamben rumo à genealogia de Foucault; (ii) da genealogia de Foucault para releitura genealógica de Agamben; (iii) sobre o método em Agamben: as assinaturas como signos ocultos de uma realidade operativa. Por fim, fechamos o texto considerando que tanto em Agamben como em Foucault a questão do método de investigação filosófica, é de fundamental importância para que possamos compreender a construção de ambas as genealogias filosoficamente. O destaque fica posto no fato de que Agamben é um herdeiro intelectual confesso da senda aberta por Foucault, no que tange as investigações empreendidas ao logo de sua vida intelectual, no que diz respeito à questão das relações de poder que tem como objeto central de seu trabalho filosófico a categoria axiomática de vida.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados