Neste artigo discutimos o processo de construção da identidade de estudantes, no papel de leitores, em memoriais, sob a ótica do Letramento Ideológico e da Identidade Praticada. Por meio de um estudo de caso etnográfico, observou-se que o processo identitário dos estudantes de um Curso de Letras, modalidade a distância, emerge nos memoriais mediante a interface das dimensões subjetiva e coletiva, em que se evidenciam os posicionamentos social e autoral dos estudantes, por meio dos quais, eles se identificam enquanto leitores da esfera acadêmica. Os resultados apontam o caráter plástico da identidade, que varia em função do grupo de pertença do estudante. E, ainda, que as práticas leitoras do grupo pesquisado são marcadas por gestos de leitura como obrigação e prazer, cujas contradições revelam que as concepções de leitura dos estudantes em relação à academia e outros grupos sociais, como, por exemplo, a família, divergem.
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