Este artigo analisa alguns confrontos cotidianos e episódios conflituosos ocasionados por questões econômicas envolvendo alemães, seus descendentes e nacionais em São Leopoldo, entre 1846 e 1871. Ao analisar e quantificar os dados de processos criminais, constatou-se que os agentes históricos faziam uso da violência em situações de disputas de terras, problemas decorrentes de medições e invasões de propriedades. Os desentendimentos e os conflitos ocorreram, sobretudo, entre vizinhos, amigos e conhecidos. Assim, as relações sociais, por um lado, podiam ser permeadas por redes de amizade, solidariedade e reciprocidade, mas, por outro, podiam ser rompidas, gerando inimizades, rixas e conflitos. Busca-se, neste texto, atentar para os comportamentos dos indivíduos envolvidos nas querelas, as motivações para as disputas e o contexto histórico dos atores sociais.
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