Este trabalho se posta na linha de pesquisa sobre Estudos Culturais desenvolvido no DLA da Universidade Estadual de Santa Cruz, e tem como escopo investigar a emergência de uma memória que se coloca nos termos de uma aporia, visto condicionar sua existência a duas possibilidades aparentemente distintas: de um lado, o paroxismo que se traduz numa espécie de saturação de imagens e discursos, em um excesso da própria memória; de outro, a constatação de efemeridade ou um esvaziamento em que a memória perde seu status e se relativiza. Os papéis sociais da memória são representados, e discutidos, à luz da narrativa peculiar do escritor moçambicano Luis Bernardo Honwana, notadamente em dois de seus contos “As mãos dos pretos” e “Inventário de imóveis e jacentes”, que atualizam e trazem à tona as vicissitudes de uma dramatização social que não cessa de provocar tensões.
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