A CPLP foi criada em 1996, com foco na promoção da língua portuguesa, na concertação diplomática e na cooperação entre os seus membros. As relações comerciais e de investimento entre os Estados membros e a sua dispersão geográfica impedem que tenha desempenhado ou possa vir a desempenhar um papel relevante em termos económicos. As recentes tentativas (2014-2015) de conferir uma dimensão mais económica, assente na disponibilidade de reservas petrolíferas da maioria dos seus membros (com exceção de Portugal, Cabo Verde) são inviáveis dada a queda dos preços que aparenta ser estrutural e não transitória. Os paí- ses africanos membros da CPLP, particularmente as antigas colónias portuguesas (PALOP), para além de relações privilegiadas com a União Europeia e com Portugal, têm na China um novo parceiro, à semelhança do que acontece com a generalidade dos países africanos. No essencial, o artigo argumenta que a importância da CPLP é maior nos países membros com economias mais frágeis e Estados mais recentes e que é marginal para o Brasil, Angola e Moçambique.
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