Jorgeanny de Fátima Rodrigues Moreira, Carlos Eduardo Santos Maia
As reflexões desenvolvidas neste artigo referem-se às análises realizadas sobre as estratégias espaciais e as microterritorialidades efêmeras que se estabelecem no espaço público de Goiânia durante o principal evento voltado para o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) do Estado de Goiás: a Parada LGBT. Com base em leituras que se preocupam com os temas territorialidades, microterritorialidades e estratégias espaciais, desenvolvemos conceitos que buscam explicar esses fenômenos como mecanismos importantes para a manutenção do evento, que em suas características efêmeras, consegue permanecer no espaçotempo da cidade. Além da revisão bibliográfica, realizamos trabalho de campo em três edições do evento. Nessas incursões utilizamos a observação participante e as entrevistas semiestruturadas como ferramentas metodológicas. Com base nessa breve contextualização, permite-se pensar as paradas como movimentos sociais e, ao mesmo tempo, entendê-las como possibilidades de ativismo, de participação política e de organização social dos indivíduos que podem representar a inversão das atuais formas de poder. Palavras-chave: Festa popular, visibilidade, ajuntamento político, resistência.
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