A formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marcou-se pelo envolvimento de entidades civis e religiosas na produção de diversos meios de comunicação. Dentre a variedade, os audiovisuais tornaram-se instrumentos cada vez mais recorrentes para a capacitação de quadros e a visibilidade social do MST. Na década de 1990, as coberturas dadas pela mídia e a ampliação dos mecanismos de divulgação do movimento social contribuíram para o desenvolvimento de projetos que incentivaram a produção de vídeos-documentários pelos sem-terra. O presente artigo suscita a análise das apropriações e produções de audiovisuais na organização do MST, considerando o sentido político do reconhecimento de audiovisuais para a divulgação do movimento social e o debate sobre o lugar ocupado por diferentes mecanismos de difusão de representações na luta pela reforma agrária.
The formation of the Landless Rural Workers Movement (MST) was marked by the participation of civil and religious authorities in the production of various media. Among them, the audiovisual production became an increasingly recurrent instrument to train its cadre and to enable social visibility to the organization. In the 1990s, the media coverage and the expansion of dissemination mechanisms have contributed to the development of projects that stimulated the production of documentaries by the landless rural workers. This paper raises the analysis of appropriations and audiovisual productions within MST, considering the political sense of acknowledging the audiovisual as a means to disseminate the social movement as well as the debate on the place occupied by different diffusion mechanisms of representations in the struggle for agrarian reform.
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