O objetivo deste artigo é compreender a relação entre a prática antiquária e o romance gótico na Inglaterra do século XVIII. Procura-se demonstrar como a prática antiquária serve de enquadramento ficcional para uma expansão do conceito de verossímil. Por meio do conjunto de procedimentos metodológicos do antiquário e de sua aproximação com a prática jurídica da época, elementos fantásticos que seriam inverossímeis passam a ser aceitos na trama do romance gótico. Estes elementos, por fim, abrem espaço para a experiência do sublime, de modo que o uso de procedimentos de prova e a escrita ficcional estavam intimamente ligados.
This paper seeks to study the interrelation between antiquarian practices and the gothic novel in eighteenth-century England. It tries to show how antiquarianism provides a fictional framing for an expansion of the concept of verisimilitude. Because of the methodological procedures developed by the antiquarian and their rapprochement with the judicial practices of its time, fantastical elements that would be otherwise discarded as implausible are accepted in the gothic novel. Therefore those elements create the possibility of experiencing the sublime, so the procedures regarding the ascertainment of truth and proof of historical discourse are intimately entangled with fictional writing.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados