Meu objetivo principal no presente texto é mostrar que Habermas nos ensaios que compõem seu livro Verdade e Justificação (VJ), no qual discute questões de filosofia teórica e volta a tratar depois de aproximadamente 30 anos especificamente do problema da verdade, falha em nos oferecer uma explicação adequada deste conceito, haja vista seu status aí permanecer indeterminado. Isto se deve ao fato de Habermas, em VJ, ao contrário do que ocorreu eu seu artigo anterior de 1972 Wahrheitstheorien, no qual desenvolveu uma teoria da verdade antirrealista, que identificava a verdade com o consenso racional obtido em uma situação ideal de fala, mesmo reconhecendo agora que aquilo que torna uma proposição verdadeira não é o seu sucesso discursivo, mas sim sua relação com o mundo objetivo, não avançar sua discussão de forma a esclarecer o que está envolvido nessa relação entre proposição (linguagem) e mundo, que faz com que uma afirmação sobre a realidade seja verdadeira.
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