Neste trabalho abordamos a formação do “campo da segurança pública”, entendido como convergência nacional entre espaços acadêmicos e arenas de políticas públicas nos anos 2000. Procuramos demonstrar sua formação através da intersecção das trajetórias intelectuais e políticas de uma fração hegemônica de cientistas sociais comprometidos com a institucionalização das ciências sociais e com as mobilizações que constituíram a “violência urbana” como problema público desde os anos 1970, quando emergem diferentes agendas políticas presentes nas disputas pela reforma do sistema de justiça criminal. Em consequência, constata-se que há uma relação de mútua influência entre as coalizões de reforma dos campos político-burocráticos em direitos humanos e segurança pública e as agendas de pesquisa sobre a “questão criminal” no Brasil.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados