Este artigo pretende discorrer sobre a imagem da cidade na poética do escritor argentino Raúl González Tuñón. Para tanto, como objeto de estudo dessa análise, toma-se como exemplos os poemas “Música de los puertos” e “Poetango de la belle époque”, composições que representam tanto o início quanto o final da produção da lírica tuñoneana. Em “Música de los puertos”, o eu lírico exalta a singular melodia portuária, revelando seu amor por este local emblemático da cidade. Como um excelente observador, o poeta descreve o porto ressaltando a melodia particular desse lugar que o encanta. Em “Poetango de la belle époque”, o poeta se posiciona como cancioneiro da cidade, evocando de maneira criativa e fantasiosa os espaços por onde passou. Com o seu rememorar, ele propicia ao leitor a imersão em sensações nostálgicas e irreais, exaltando todo o ambiente citadino de forma quase que universal.
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