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O olhar da antropologia urbana como chave de leitura para literatura argentina contemporânea: culturas, fronteiras e mediação

  • Autores: Lívia Santos De Souza
  • Localización: REVELL: Revista de Estudos Literários da UEMS, ISSN-e 2179-4456, Vol. 1, Nº. 10, 2015 (Ejemplar dedicado a: Estudos Hispânicos em Literatura e Cultura), págs. 21-35
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • A literatura contemporânea apresenta importantes relações com as ciências sociais. No caso específico da antropologia das sociedades complexas, pode-se identificar esse encontro de duas formas, por um lado, os autores de ficção tratam com muita frequência de temas relativos a essa área do conhecimento, por outro, a tarefa do escritor se assemelha à do etnógrafo, ambos atuam como umtipo especial de espectador da realidade, colocando em circulação textos e discursos que problematizam os conflitos do espaço urbano. Este trabalho tem como proposta analisar de que maneira conceitos como fronteira e mediação, lidos a partir da abordagem da antropologia urbana, se converteram em matéria literária nas mãos de alguns narradores argentinos contemporâneos. Para tanto, partiremos de um corpus composto por três contos publicados na última década em antologias dedicadas a criar novos espaços no mercado editorial. Tartagal queda cerca de Yacuiba, y Yacuiba queda cerca de Tartagal de Fabio Martínez, Animetal, de Leonardo Oyola e El hombre del casco azul de Washington Cucurto são textos que se constroem tanto entre fronteiras no sentido tradicional do termo, o primeiro conto se passa entre Argentina e Bolívia, como em fronteiras simbólicas, internas ao espaço da urbe contemporânea. Os narradores dos três contos atuam como guias entre os limites existentes nos territórios da cidade, são, nesse sentido, mediadores, capazes de efetuar um tipo especial de tradução entre distintas realidades. 


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