Há uma multiplicidade de vozes nos contos que compõem Kadosh, o segundo livro em prosa da escritora Hilda Hilst. Essas vozes e as maneiras em que elas apagam as fronteiras entre o interior e o exterior, entre os diferentes participantes nas conversas, e ainda entre o que normalmente é considerado como sagrado e profano, apontam a uma concepção particular de como o tecido da realidade é construído, deconstruído e reconstruído. A linguagem é a própria base desta realidade hilstiana, uma realidade que começa a construir-se a partir da escolha do título do livro, Kadosh, a palavra em hebraico para ―sagrado‖.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados