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Resumen de O sucesso escolar de meninas de camadas populares: Qual o papel da socialização familiar?

Marília Pinto de Carvalho, Adriano Souza Senkevics, Tatiana Avila Loges

  • English

    This article presents results of a qualitative study that sought to understand the processes of gender socialization within eight families from poor communities in the city of Sao Paulo. We focus on some aspects that seem relevant to understand the academic success of girls. Throughout 2011, semi-structured interviews were conducted with eight mothers, two fathers and ten children, as well as conversations and observations in schools, involving 26 children and young people. We obtained evidence that gender socialization within families of urban poor communities encourage the girls, not the boys, to develop the behaviors mostly desired by schools, such as discipline, organization and obedience (or less visible forms of disruption). At the same time, this type of socialization makes school attendance have different meanings for girls and boys, since the girls are held responsible for housework and have far fewer opportunities for sociability. These restrictions seem to make them appreciate extracurricular activities under schooled forms and develop aspirations associated with schooling and skilled occupations. The very existence of such ambitious projects, whether realistic or not, may be driving girls' greater commitment to education, and may be feeding back their academic success, which seems to arise from the very gender subordination.

  • português

    Este artigo apresenta resultados de um estudo qualitativo que procurou conhecer os processos de socialização de gênero no interior de oito famílias de setores populares na cidade de São Paulo. Aqui enfocamos alguns dos aspectos que nos pareceram relevantes na compreensão da trajetória escolar melhor sucedida das meninas. Ao longo de 2011, foram feitas entrevistas semiestruradas com oito mães, dois pais e dez crianças, além de conversas e observações nas escolas, envolvendo ao todo 26 crianças e jovens. Obtivemos indicações de que: a socialização de gênero no âmbito das famílias de setores populares urbanos favorece nas meninas, e não nos meninos, o desenvolvimento de comportamentos frequentemente desejados pelas escolas, tais como a disciplina, a organização e a obediência (ou formas de desobediência menos visíveis); ao mesmo tempo, essa socialização faz com que a frequência à escola tenha significados diferentes para garotas e garotos, uma vez que elas são responsabilizadas pelo trabalho doméstico e têm muito menos oportunidades de sociabilidade. Essas mesmas restrições parecem fazê-las valorizar atividades extracurriculares com formatos próximos ao escolar e desenvolver aspirações ligadas a uma escolarização prolongada e a profissões qualificadas. A existência mesma desses planos ambiciosos, realistas ou não, pode ser impulsionadora de maior empenho nos estudos, realimentando a roda do sucesso escolar das meninas, que parece surgir de dentro da própria subordinação de gênero.


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