O artigo discute a psiquiatrização da infância e sua influência no cotidiano escolar, evidenciando que a medicalização de comportamentos próprios da infância está fortemente presente nas instituições escolares, bem como nos discursos dos agentes educacionais. Nosso estudo mostra que a descrição dos comportamentos infantis em termos biológicos e neuroquímicos contribui para a patologização da vida e da infância. Tomando como ponto de partida os estudos sobre biopolítica da população de Michel Foucault e as reflexões de Peter Conrad sobre a expansão de categorias diagnósticas, o artigo analisa em que medida a infância capturada pelos transtornos desloca a procura de soluções políticas e educativas para o campo das soluções biologizantes e medicalizantes.
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