Esse artigo inicia uma incursão pela história da Sociologia em Portugal para analisar os sentidos a ela atribuídos quando introduzida nos planos de estudos do ensino secundário, em meio ao movimento de redemocratização do país fortalecido em meados da década de 1970. Recorre a entrevistas e, sobretudo, pesquisa documental e bibliográfica, tendo como foco a legislação educacional, manuais didáticos e propostas curriculares oficiais. Aponta que, como no ensino superior, havia a expectativa, entre os cientistas sociais, de que a Sociologia, por um lado, fornecesse aos jovens fundamentos teóricos e métodos de intervenção em uma sociedade em intensa transformação; e, por outro lado, que lhes proporcionasse conhecimentos favoráveis ao desenvolvimento de uma provável formação vocacional, despertando o interesse pelo prosseguimento dos estudos na ãrea das Ciências Sociais.
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