O texto discute e critica algumas das versões mais importantes da leitura das classes sociais brasileiras contemporâneas segundo um viés “economicista”. Por economicista entende-se a leitura da realidade social quer parte do postulado, seja implícito seja explícito, de que apenas a consideração dos estímulos econômicos já explica o comportamento social em sua totalidade. Tomam-se os trabalhos de Marcio Pochmann e de Marcelo Nerí como exemplos de leitura economicista, na sua versão marxista e liberal respectivamente e critica-se a unilateralidade e superficialidade deste tipo de perspectiva. Na segunda parte do trabalho, contrapõem-se resultados de pesquisas empíricas nacionais com as classes populares brasileiras de modo a se mostrar as vantagens de um entendimento alternativo. A riqueza da herança teórica e empírica da sociologia crítica é o fio condutor para uma percepção mais rica e multifacetada da realidade social.
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