A vida útil de referência de elementos da construção pode ser fornecida:
a) pelos fabricantes ou fornecedores dos materiais, elementos ou sistemas; b) através de testes de envelhecimento acelerado; ou c) através da avaliação da perda de desempenho de elementos em condições reais de serviço. Na presente comunicação, são apresentados os resultados de uma campanha de inspecção a 100 edifícios rebocados com argamassas de cimento, localizados na área metropolitana de Lisboa.
A metodologia adoptada baseia-se na recolha de informação de campo através de levantamentos visuais (nos quais é feito o registo e quantificação da severidade das anomalias que afectam a fachada) e posterior análise dos resultados segundo diferentes indicadores de degradação, obtendo-se o valor do nível global de degradação de cada fachada.
A partir deste indicador, é possível modelar no tempo a evolução da degradação nas fachadas estudadas (ou seja, a perda de desempenho destas) e, conhecendo-se os níveis mínimos de aceitação de referência (que traduzem o nível máximo de deterioração que as fachadas podem atingir antes de serem objecto de intervenção), determinar a vida útil média de referência para rebocos aplicados em fachadas. Os valores assim obtidos permitem a sua posterior utilização em metodologias de gestão e de manutenção da construção.
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