Resumen de Cotidiano e formação continuada de professores: a perspectiva dos supervisores escolares de uma rede municipal de ensino

Gilberto Ferreira da Silva, Juliana Aquino Machado, Natacha Scheffer

• English

  Our goal is to understand how the supervisors of a municipal school system conceive of the work of continuing in-service education. We apply contributions from the field of studies on everyday school life to support our discussion, seeking to create the necessary articulation between theory and practice. We advocate the potential of everyday school life as a strategy to qualify and redirect training practices in the school environment.

  Our starting point is that the actions produced in this “spacetime” contribute to the construction of teacher identities and to the effective qualification of educational practices, while also maximizing the benefit of continuing in-service education. Drawing on the narratives produced by the school supervisors, the provisional and incomplete nature of planning and of time to think about one’s actions is emphasized. The classical structures of curriculum organization that limit the possibilities for breaking out of everyday life, understood as mere repetition, are challenges for establishing the school as a formative and self-formative space.

• português

  Nosso objetivo é compreender como os supervisores de uma rede municipal de ensino concebem o trabalho de formação continuada em serviço. Recorremos às contribuições do campo dos estudos sobre o cotidiano para amparar nossa discussão, procurando construir a necessária articulação entre teoria e prática. Defendemos a potencialidade do cotidiano escolar como estratégia para qualificar e reorientar as práticas formativas no ambiente escolar. Partimos do pressuposto que as ações que se produzem neste “espaçotempo” contribuem para a construção das identidades docentes, para a qualificação efetiva das práticas educativas e maximizam a formação continuada em serviço. Da análise das narrativas produzidas pelos supervisores escolares, a ideia de provisoriedade e incompletude do planejamento e do tempo para pensar sobre o que se faz são enfatizados. As estruturas de organização curricular clássicas que limitam as possibilidades de criação e de estabelecimento de ruptura com o cotidiano, visto como mera repetição, constituem-se como desafios para a assunção do espaço da escola como formador e auto formador.