Durante boa parte da última metade do século passado, foi moeda corrente entresociólogos, historiadores, cientistas políticos e demais estudiosos brasileiros a idéia de que oBrasil não conhecera uma “verdadeira” revolução. De acordo com essa perspectiva, os principaismomentos históricos do país teriam sido sempre transformações epidérmicas, conduzidas porelites tradicionais e incapazes de alterar a estrutura da sociedade1. A famosa frase de AntônioCarlos – “façamos a revolução antes que o povo a faça” – foi mobilizada em inúmeros trabalhos,artigos, livros, etc. como emblema perfeito da suposta mania nacional por conciliações e pactosde elites.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados