La distancia anogenital (DAG) es un marcador de desarrollo genital que presenta un dimorfismo sexual en mamíferos. Diversos estudios experimentales han mostrado que la DAG al nacimiento refleja la exposición androgénica a la que el feto ha estado expuesto durante su desarrollo intraútero. El objetivo de nuestro estudio fue explorar la relación entre exposiciones prenatales (maternas) a distintos productos o sustancias de uso cotidiano durante el embarazo y la DAG de sus hijas como marcador indirecto del ambiente hormonal intrauterino. Se trata de un estudio transversal que incluyó 100 jóvenes universitarias sanas entre 18 y 23 años. A cada participante se le realizó un examen ginecológico completo y se midieron dos variantes de DAG: ano-clítoris (DAGAC) y ano-horquilla vulvar (DAGAH). Tanto las jóvenes como sus madres completaron un cuestionario epidemiológico sobre estilos de vida, incluyendo exposición a productos prenatales e historia ginecológica. Las asociaciones entre la exposición a productos prenatales y las DAG de las hijas se realizaron mediante análisis de regresión lineal y logística múltiple. Una mayor exposición materna a insecticidas/plaguicidas y disolventes/desengrasantes se asoció significativamente con una DAGAH alargada en las hijas (ORa: 3,9; IC 95 % 1,2,- 12,7 y 3,8; IC 95 % 1,1 - 12,6, respectivamente). Nuestros resultados respaldan que ciertas exposiciones prenatales maternas ambientales podrían estar asociadas con variaciones significativas de las DAG en sus hijas, un biomarcador que refleja la exposición androgénica fetal durante el desarrollo intraútero
Anogenital distance (AGD) is a genital development marker which is a sexually dimorphic trait in mammals. Different experimental studies have shown that AGD at birth reflects the androgen exposure of the fetus during its in-utero development. The object of our study was to examine the relation between maternal prenatal exposures to different substances and compounds used on a daily basis during pregnancy and AGD of their daughters as an indirect marker of the intrauterine hormonal environment. This is a cross-sectional study of 100 healthy female undergraduates of ages ranging from 18 to 23. Every participant was subjected to a full gynecological examination, where two AGD variants were measured: AGDAC (anus-clitoris) and AGDAF (anus-fourchette).
Both the young women and their mothers completed an epidemiological questionnaire on lifestyles, including prenatal exposure to products and gynecological history. Multiple linear and logistic regression analysis was used to study the relation between the mothers’ exposure to products and their daughters’ AGD. A longer AGDAF in the daughters was significantly associated with a higher prenatal exposure of their mothers to insecticides/pesticides and solvents/degreasers (aOR: 3.9; IC 95%: 1.2, 12.7 and 3.8;
IC 95%: 1.1-12.6, respectively). Our results show that certain prenatal environmental exposures of mothers might be associated with significant variations of their daughters’ AGD, a sensitive biomarker that reflects androgen fetal exposure during in-utero development
Distância anogenital (AGD) é um traço de dimorfismo sexual em mamíferos. Diversos estudos experimentais em animais sugerem que a AGD ao nascer reflete as concentrações de andrógenos a que o feto terá sido exposto durante o desenvolvimento uterino.
O objetivo deste estudo é analisar as associações entre a exposição pré-natal da mãe a diferentes substâncias e compostos de uso quotidiano durante a gravidez e a AGD das suas filhas, como um marcador indireto do ambiente hormonal durante o desenvolvimento no útero. É um estudo transversal efetuado a 100 voluntárias, saudáveis, em idade universitária (18-23 anos) no sul da Espanha. Realizou-se um exame ginecológico completo a cada participante, tendo-se medido as diferenças da AGD: ânusclitóris (AGDAC) e ânus-freio dos pequenos lábios (AGDAF). Foi também aplicado um questionário epidemiológico, tanto às jovens participantes como as suas mães, acerca dos estilos de vida, história ginecológica, incluindo a exposição a produtos na fase pré- natal. Para verificar a associação entre os produtos pré-natais e as AGD das filhas, foi usada a análise de regressão linear múltipla e a análise de regressão logística. Uma maior exposição materna a inseticidas/pesticidas e solventes teve uma associação significativa com uma AGDAF alargada nas filhas (ORa: 3,9; IC 95 % 1,2, 12,7 e 3,8; IC 95 % 1,1, 12,6, respetivamente). Os nossos resultados sugerem que determinadas exposições ambientais da mãe na fase pré-natal podem estar associadas com variações significativas das AGD das filhas, um biomarcador que reflete as concentrações de andrógenos durante o desenvolvimento uterino
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