O artigo postula a hipótese de ler Dt 32,8-9 como narrativa politeísta e monolátrica, pós-exílica, escrita em contexto de subordinação político-cultural à hegemonia persa, de cujo império depende inegociavelmente a restauração e a preservação de Judá. Em contexto imperialista persa, a redação de Dt 32,1-43 responderia pela caracterização sui generis da teologia do texto: a despeito da teologia monolátrica plasmada na passagem e do horror manifestado diante da ideia de a nação de Yahweh cultuar outros deuses, a composição se vê obrigada a assumir a tese de que a exclusiva propriedade de Judá por parte de Yahweh deve-se a uma determinação de `elyôn, que se interpreta, então, como hipóstase de Ahura Mazda e que, em termos geopolíticos, encarna o próprio Império Persa. Assume-se, portanto, tratar-se Dt 32,8-9 da passagem político-teológica de legitimação do sistema político-teológico judaíta, à luz do sistema geopolítico persa.
The paper postulates the hypothesis of reading of Dt 32.8-9 as monolatrous and post-exilic narrative, written in context of political and cultural subordination to the Persian hegemony, whose Empire depends relentlessly on the restoration and preservation of Judah. Dt 32,1-43 would answer for the sui generis characterization of the theology of the text that, despite the monolatrous theology embodied in the passage and the expressed horror at the idea of the nation of Yahweh to worship other gods. The textual composition is compelled to assume the thesis that Yahweh's exclusive ownership of Judahis due to the determination of `elyôn, which is then interpreted, as the hypostasis of Ahura Mazda and that, in geopolitical terms, embodies the very Persian Empire. It is assumed therefore that Dt 32.8-9 is a political-theological passage of legitimation of Judahite political-theological system in the light of the Persian geopolitical system.
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