o tema da Pedagógica latino-americana da libertação, trabalhado por Enrique Dussel na década de 1970, acabou não ganhando desdobramentos mais significativos em suas obras mais recentes, maduras. Trata-se, todavia, de tema de grande relevância na arquitetônica da Filosofia e da Política da libertação. Este artigo tem por objetivo recuperar a referida temática, quiçá fomentando estudos mais atualizados a seu respeito – justificando-se assim o caráter parcialmente propedêutico do presente texto. Partindo-se do próprio processo formativo do autor em questão, busca-se mostrar como o tema da alteridade tornou-se o ponto central de sua obra em geral e de sua pedagógica em particular. Para isso, apresenta-se a trajetória de seus estudos, passando pelas leituras de autores como Heidegger e Lévinas, chegando ao movimento que lhe permitiu construir a Filosofia da Libertação. Em seguida, aborda-se a construção de seu método de investigação, pautado no reconhecimento e no respeito à alteridade, apontando contribuições possíveis deste método ao campo da educação. Passa-se, então, a um exercício de aplicação do método apresentado: a Modernidade é tomada como objeto de estudos, permitindo explicitar o potencial interpretativo existente em sua compreensão desde um método e um contexto próprios, latino-americanos.
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