Brasil
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O cordel é um produto cultural europeu do século XVI que foi migrado para o Brasil no século XIX. Reelaborado a partir da mentalidade e das características nordestinas, imprime suas peculiaridades nas temáticas propostas e em seu formato poético. Ganhando cada vez mais visibilidade, esse tipo de literatura, tratada outrora como sendo de "segunda mão'', conquista seu espaço e o seu poder identitário ao longo dos anos, indicando a usa notória importância e resistência. Assim, o século XXI é marcado pelo reconhecimento desse documento, percebido em seus novos espaços de venda (livrarias e shoppings), seu uso em livros didáticos e vem servindo de objeto de estudo em dissertações e teses no circuito acadêmico. Deleitando-se nos estudos sobre os folhetos desde 2006 no maior acervo das Américas, a saber, a Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida (BORAA) pertencente à Universidade Estadual de Paraíba (UEPB), estreita-se o interesse nos estudos sob a perspectiva da Ciência da Informação (CI) acerca dos cordéis. Nesse estudo, objetiva-se compreender a lógica que se revela na escolha dos termos realizada pelas indexadoras na análise do cordel a partir da concepção do mapa conceitual. Este foi usado enquanto estratégia metodológica, buscando traçar relações nas sugestões de descrição temática em 6 (seis) cordéis a partir da perspectiva de duas indexadoras que trabalharam com esses documentos em pesquisas anteriores realizadas entre 2009 e 2013. Constatou-se que os termos usados pelas pesquisadas foram quase idênticos. Marcadamente, uma indexadora fez a opção por descritores tanto exaustivos quanto revocatórios; a outra optou por termos amplos. Conclui-se que a CI precisa inovar nos processos de análise realizados nessa pesquisa quando aliou o uso de mapas conceituais à indexação de folhetos.
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