Paulo Roberto Staudt Moreira, Marina Camilo Haack
Nos últimos anos a historiografia brasileira sobre o escravismo foi uma das que mais cresceu. Entre as temáticas tratadas, destaca-se a família escrava, que se já não precisa mais ter comprovada a sua existência, ainda carece de investigações quanto aos seus significados e estruturas. Este artigo pretende abordar a família escrava tomando como fonte privilegiada um documento judiciário. Trata-se da investigação de um filicídio cometido pela escrava Leopoldina, em 1874, na cidade de Cachoeira, localizada no Brasil meridional. Com a análise deste processo crime podemos tentar reconstruir alguns aspectos da família escrava e das vivências de Leopoldina, tomando como base uma bibliografia que tenta compreender os nuances das famílias constituídas dentro do cativeiro. Aspectos como liberdade, violência, resistência, negociações e cor, serão contemplados.
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