Dissensos e confrontos observáveis nos anos 1920 ganham configuração renovada a partir da década de 1930. Apontado como o período de modernização conservadora e de conciliações problemáticas, a Era Vargas (1930-1945) compreende um tempo de intensas mobilizações, de discussões e de elaboração de projetos distintos de cidadania. No campo da produção simbólica, é significativo que autores como Gilberto Freyre (1900-1987) e José Lins do Rego (1901-1957) tenham suas trajetórias consolidadas nesse período. O objetivo aqui é lançar luz sobre documentação de arquivo dos escritores e do editor de ambos, José Olympio Pereira Filho (1902-1990). Tanto cartas trocadas entre eles nos conturbados anos 1930 e 1940 quanto perfis e memórias que abordam as redes de sociabilidade do período serão discutidos neste ensaio.
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