Se trata de una reflexión que resulta de la práctica de filosofia durante cuatro años, con niños y jóvenes entre cuatro y dieciocho años, emigrantes e hijos de emigrantes de Cabo Verde, en el barrio de Cova da Moura, situado en las periferias de Lisboa. Se afirma que la población de allí forma una comunidad semejante a las que existen en ciertas zonas aisladas de las islas y que el espacio geográfico que ocupa constituye una otra isla en medio a los barrios periféricos de la ciudad. Distinguiéndose y diferenciándose de esos barrios por sus costumbres y su modo de vida, enraizados en las tradiciones de la cultura Cabo Verdiana, junto a estos valores y prácticas coexisten enormes dificultades económicas, episodios de violencia que suceden con bastante frecuencia por el tráfico de droga y por la forma invasiva como interviene la policía, así como otros problemas relacionados con la exclusión social que expone niñas, niños y jóvenes a una mayor vulnerabilidad. Entre otros, uno de los objetivos de la práctica fue la valorización de la cultura de origen y de la lengua materna, el criollo. Otro fue el desarrollo de una reflexión y del cuestionamiento, con base en el referido contexto y también en el mundo vivido por cada uno de los participantes. En el presente texto serán abordados algunos de los efectos de la apertura reflexiva, a través de la práctica de la Filosofía con niñas y niños, sobre la removida de los obstáculos relacionados con el contexto de exclusión. Para ello, en primer lugar, serán analizadas algunas intervenciones de niños explicitando su contexto y reforzando la importancia de serles otorgado un espacio para reflexionar sobre su situación. Después, se decodificará la práctica en cuestión analizando varias hipótesis y problemáticas implícitas, específicamente a través de la presentación de otros registros de sesiones de filosofía. Se analizará aún la forma en que se puede establecer una articulación entre la experiencia concreta y singular de los niños y sus preguntas existenciales y filosóficas y la importancia de éstas para que los niños puedan pensar su mundo, posicionarse e inscribirse en la sociedad de todos los humanos, más allá de los obstáculos contra su inserción. A pesar de tener efectos terapéuticos, se distinguirá esta práctica de la psicología. Palabras clave: filosofía con niños; Cabo Verde; exclusión
It’s about a reflection resulting of the practice philosophy with children I had in about four years work, with kids and young people between 4 and 18 years old, immigrants and sons of immigrants from Cape Verde, in “Cova Moura” suburbs, being around Lisbon. One says that the habitants form this neighborhood form a community alike those there are in some places away the Islands and the geographic space in there makes as another Island between other suburbs of the city. Being different by one another due to the practice of Cap Verdean traditions during their daily life, along these values and practices related to the culture of Cap Verde exists several difficulties or economic or related to violence which can be caused by the traffic of drugs as well as the evasive way of police acting. There are many problems of social exclusion that affect the children and young. One of the main objectives in place has been to make more value of their origin culture and mother’s language, Kriol, another one was to, develop the reflection and question based in the context of exclusion. For that, it’s necessary to investigate children’s talking to make clear their context and to reinforce how important it is for them to have a space where they can think about their situation. Also to analyze problems related that comes with practice or the way that we should connect child´s experience and their philosophical questions and how important is for them to reflect upon their world, to develop their critical thinking about the world and also recognize the right inclusion. Therefore, beyond its psychological effects philosophy for children is different practice from psychology. Keywords: philosophy childhood; experience; exclusion; inscription.
Trata –se duma reflexão resultante da prática da Filosofia com Crianças ao longo de quatro anos, com crianças e jovens entre os 4 e os 18 anos, emigrantes e filhos de emigrantes de Cabo Verde, no bairro da Cova da Moura, situado na periferia de Lisboa. Diz –se que a população daí forma uma comunidade semelhante às que existem em certas zonas mais isoladas das ilhas e que o espaço geográfico que ocupa se constitui assim como uma outra ilha no meio dos outros bairros da periferia da cidade. Distinguindo e diferenciando -se destes pelos costumes e modos de vida enraizados nas tradições da cultura Cabo Verdeana, a par destes valores e práticas coexistem enormes dificuldades econômicas, episódios de violência que acontecem com alguma freqüência devido ao tráfico da droga e à forma invasiva como a policia intervém assim como outros problemas relacionados com a exclusão social que expõem as crianças e os jovens a uma maior vulnerabilidade. Entre vários, um dos objectivos da prática foi a valorização da cultura de origem e da língua materna o crioulo, outro, o desenvolvimento da reflexão e do questionamento com base no contexto referido e também no mundo vivido de cada um dos participantes. No presente texto serão abordados alguns dos efeitos da abertura reflexiva, através da prática da Filosofia com Crianças, na remoção dos obstáculos relacionados com o contexto de exclusão. Para tal, em primeiro lugar analizar-se-á algumas falas das crianças explicitando o seu contexto e reforçando a importância de lhes ser outorgado um espaço para reflectirem a sua situação. Em seguida, descodificar–se-á a prática em questão analisando várias hipóteses e problemáticas implícitas, nomeadamente através da apresentação de outros registros de sessões de Filosofia. Analisar -se -à ainda a forma como se pode estabelecer uma articulação entre a experiência concreta e singular das crianças e as suas perguntas existenciais e filosóficas e a importância destas para as crianças em questão poderem pensar o seu mundo, posicionarem –se e inscreverem -se na sociedade de todos os humanos para além dos obstáculos à sua inserção. Apesar dos seus efeitos terapêuticos, distinguir – se –à, ainda, esta prática da psicologia.
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