Capricho magazine (published by Abril) is considered to be the touchstone of the birth of Brazilian female press. It was founded in 1952 as a biweekly issue which targeted wives or women wanting to get married. For many years, the essays focused on how to be a perfect housewife. In the last five decades, however, Capricho went through a series of graphical and editorial transformations that lead to changes in the age-range of its readers. The most dramatic of these renewals happened in the 1980’s, when Capricho became a magazine focused on teenage girls, under the slogan “A Revista da Gatinha” (The Kitty’s Magazine - in Brazilian Portuguese, the expression “Gatinha” designates a beautiful young girl). Nowadays, as stated in its website, Capricho has the mission of assembling, informing, and connecting the biggest network of stylish and hype girls in the country. By using French Semiotics, this article aims at verifying if the change in the target-audience has corresponded to a significant transformation of the magazine’s content. The analysis of the editions published between 1971 and 2008 has showed that, despite the social and target-audience changes that occurred over these years, today’s reader of Capricho is not that different from the reader 50 years ago.
A revista Capricho (Editora Abril) é considerada um marco do nascimento da grande imprensa feminina brasileira. Ela surgiu em 1952 como uma publicação quinzenal constituída por fotonovelas que tinham como público-alvo mulheres casadas ou em busca de um casamento. Durante muitos anos, as reportagens foram centradas na manutenção do lar, com dicas de como ser uma perfeita esposa e dona de casa. Nas últimas cinco décadas, Capricho passou por uma série de reformas gráficas e editoriais, que contribuíram, sobretudo, para alterar a idade de suas leitoras. Com a maior dessas reformas, nos anos 80, a publicação passou a ser voltada a adolescentes e adotou o slogan “A revista da gatinha”. Hoje, de acordo com o seu site eletrônico, Capricho tem a missão de “informar, entreter, formar e conectar a maior comunidade de garotas com estilo e atitude do país”. Usando a metodologia proposta pela semiótica de linha francesa, este trabalho procura verificar se a alteração na idade do público-alvo correspondeu, de fato, a uma mudança significativa no perfil do enunciatário da revista. A análise de edições publicadas entre 1971 e 2008 mostra que, apesar da diminuição da faixa etária das leitoras, a menina que lê Capricho hoje não está fundamentalmente tão distante do público de outrora.
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