Nous avons pris comme base les concepts du métissage développés par Claude Zilberberg, cherchant à indentifier les classes établies dans le film Save the last dance (réalisé par Thomas Carter en 2001). Nous avons analysé les parcours d’inclusion et d’exclusion des personnages principaux : Sarah et Derek, visant l’explication des valeurs défendues par eux ainsi que par le groupe dont ils font parti. Cet abordage est cohérent car la problématique centrale du film est l’inclusion d’une jeune blanche de la classe moyenne au sein d’une classe moins favorisée, principalement composée d’Afro-Americains. Initialement, les valeurs d’absolu prédominent et donc c’est la logique de l’exclusion qui prévaut. Pendant le film, les valeurs qui étaient bravement défendues par les éléments du groupe se flexibilisent et commencent à opérer par la logique de la participation, permettant ainsi la prééminence des valeurs d’univers. Partant des valeurs révélées dans notre analyse, on peut identifier, sur la base des idées de Ricœur (2006), la construction de deux types d’identité : celle de l’individu responsable de ses actes devant les autres (ceux à l’identité individuelle), en contrepoint à celle de l’individu «victime », non responsable de ses actes car sans liberté de choix (ceux qui adoptent l’identité construite par le groupe au prix de s’effacer en tant que sujets).
Baseando-nos principalmente nos conceitos relacionados à mestiçagem desenvolvidos por Claude Zilberberg (2004), procuramos identificar as classes estabelecidas no filme Save the last dance (No balanço do amor, dirigido por Thomas Carter, 2001) e analisamos os percursos de inclusão e exclusão das personagens principais, Sara e Derek, visando à explanação dos valores defendidos por elas e pelos grupos aos quais pertencem. Tal abordagem mostra-se coerente devido à problemática central do filme em questão: a inclusão de uma jovem branca de classe média em uma comunidade de classe média baixa, composta predominantemente por negros. Inicialmente, os valores que predominam são os de absoluto e, portanto, a lógica da exclusão é a que prevalece. Durante o filme, os valores que eram bravamente defendidos pelos elementos do grupo flexibilizam-se e, gradualmente, aproximam-se do modus operandi da lógica da participação e, portanto, os valores que passam a prevalecer são os de universo. A partir dos valores depreendidos em nossa análise, pudemos identificar, com base nas idéias de Ricoeur (2006), a construção de dois tipos de identidade: aquela do indivíduo responsável por seus atos diante de todos os outros (aqueles com identidade individual), em contraposição ao indivíduo ‘vitimizado’, não responsável por seus atos porque sem liberdade de escolha (aqueles que adotam a identidade construída pelo grupo, a preço de se apagarem como sujeitos).
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