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A variação timbrística na estrutura do discurso musical: considerações e aplicação em “Hika”, de Leo Brouwer

  • Autores: Cleyton Vieira Fernandes
  • Localización: Estudos Semióticos, ISSN-e 1980-4016, Vol. 7, Nº. 2, 2011, págs. 26-33
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Les variations de timbre dans la structure du discours musical: propos sur “Hika”, de Leo Brouwer
  • Enlaces
  • Resumen
    • français

      Dès les années 1960 et 70 la “sémiotique greimassienne” est parvenue à se faire une certaine visibilité au sein des réflexions sur le langage. Héritière d’un point de vue structuraliste fondé par Saussure à partir du Cours de linguistique générale (1916), cette science de la construction du sens, comme l’a appelée Greimas, son fondateur, proposait une grammaire du discours s’occupant pour l’essentiel, à l’époque de sa constitution, du langage verbal. Par ailleurs, d’autres chercheurs comme un Jean-Jacques Nattiez ou un Jean-Marie Floch mettaient à contribution les mêmes fondements du structuralisme afin de proposer une sémiologie susceptible de rendre compte du plan de l’expression non verbal. L’article qu’on va lire s’efforce de faire le point sur certains concepts de ces voies d’étude de la construction du sens, tout en les confrontant avec les propositions actuelles de la sémiotique, et de les appliquer aux spécificités du discours musical. Pour ce faire, nous examinerons l’engendrement du sens musical à la lumière de la sémiotique tensive et notamment de certains concepts proposés par Luiz Tatit et Claude Zilberberg. À titre d’hypothèse de travail, nous avançons une analyse systématisant le discours musical dans ses fonctifs et mettant en œuvre une observation structurelle de ses formants. Parmi nos variables majeures, nous mettons en évidence le timbre ; nous nous en tenons, dans cet examen, à son action dans le discours de la musique même, par une mise en rapport des permanences/alternances de timbre dans le temps musical, d’une part, et des concepts de continuité/discontinuité relevant de la perspective tensive, de l’autre.

    • português

      Nos anos de 1960 e 70 a chamada “semiótica greimasiana” alcançou um lugar de relativa visibilidade no pensamento sobre a linguagem. Herdeira de uma visão estruturalista fundada por Saussure a partir do Curso de linguística geral (1916), essa ciência da “construção do sentido”, conforme era denominada por Greimas, seu fundador, propunha uma gramática do discurso que, naquele momento, tinha no centro de suas preocupações a linguagem verbal. Paralelamente, outros pesquisadores como Jean-Jacques Nattiez e Jean-Marie Floch valiam-se do mesmo estruturalismo para propor uma semiologia que desse conta de planos de expressão não-verbais. A pesquisa aqui apresentada procura retomar alguns conceitos dessas linhas de estudo da construção do sentido, confrontá-los com propostas da semiótica atual e aplicá-los às especificidades do discurso musical. Neste trabalho, discutimos a construção do sentido musical a partir de considerações da Semiótica Tensiva, trazendo à baila alguns conceitos propostos por Luiz Tatit e Claude Zilberberg. Ainda, num âmbito investigativo, propomos uma análise que sistematiza o discurso musical em functivos e empreende uma observação estrutural dos aspectos que o formam. Destacamos o “timbre” no rol destes elementos caracterizantes, restringimos sua aplicação ao nível interno do discurso e verificamos sua relação de permanência ou alternância no tempo musical com os conceitos de continuidade e descontinuidade propostos pela perspectiva tensiva.


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