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Resumen de O percurso da resignação: leitura semiótica de “Fenomenologia da resignação”, de José Paulo Paes

Carolina Tomasi

  • English

    The aim of this paper is to propose a semiotic reading of José Paulo Paes’ poem “Fenomenologia daresignação”. The present text is divided into three parts. We start with approaching enunciation and isotopies, atthe discursive level. Then, we consider the course of the “I”. And, finally, we examine modalization and passionas well as being and being like. Finally, we present a brief conclusion, stressing phenomenological aspects ofperception which range from exclusion to participation. This paper focuses on the course of resignation, whichgoes from subjectivity to otherness. To undertake this reading we have referred to French semiotics . We preferthe term “reading” to “analysis” since the latter consists of a broader topic of study. For Hjelmslev (1975, p. 27),analyses are to be exhaustive, task which is more appropriate to a deep investigation, what doesn’t configuratethe scope of this paper. Based on the reading of José Paulo Paes’ poem, and we verify how this poetic text beomesa semiotic object (Greimas; Courtés, 1989, p. 313). By dealing with resignation, the individual notices that eventshave a course, whose continuum holds tonicities and atonicities, pauses and continuations, peaks and decays, asMário de Andrade (1987, p. 71) says in “Prefácio interessantíssimo” in Pauliceia desvairada: “Decays do not comeafter apogees. An apogee is already a decay, since being stagnation it cannot comprise any progress in itself, anyascensional evolution.” The resignated individual would then be the one who “knows” that events, when theyreach their apogee of tonicity, cannot go beyond this “more of more”, and start then their course to “less of more”,towards atonicity.

  • português

    Este artigo tem como objetivo uma leitura semiótica do poema “Fenomenologia da resignação”, de José Paulo Paes. O texto está dividido em três partes. Na primeira parte, abordamos, no nível discursivo, a enunciação e as isotopias; na segunda, tratamos do percurso do eu e, na terceira, examinamos a modalização e a paixão, bem como o ser e o parecer. Finalmente, apresentamos uma breve conclusão, salientando aspectos fenomenológicos da percepção que vão da exclusão à participação. Este artigo focaliza o percurso da resignação, que vai da subjetividade à alteridade. Para essa leitura, utilizamos alguns dos recursos que a semiótica de linha francesa nos proporciona. Preferimos optar pela palavra “leitura” a “análise” por configurar-se esta última um objeto de estudo mais extenso. Para Hjelmslev (1975, p. 27), as análises levam em conta a exaustividade, tarefa mais apropriada para uma investigação aprofundada, o que não configuraria o escopo deste artigo. Com base na leitura do poema de José Paulo Paes, e verificamos como esse texto poético é dado como um objeto semiótico (Greimas; Courtés, 1989, p. 313). Ao tratar da resignação, o sujeito percebe que os acontecimentos têm um percurso, cujo continuum compreende tonicidades e atonicidades, paradas e continuações, apogeu e declínio, como diz Mário de Andrade (1987, p. 71) em “Prefácio Interessantíssimo” de Pauliceia desvairada: “As decadências não vêm depois dos apogeus. O apogeu já é decadência, porque sendo estagnação não pode conter em si um progresso, uma evolução ascensional.” O sujeito resignado seria, pois, aquele que tem o “saber” de que os acontecimentos, ao atingirem o apogeu da tonicidade, não podem ir além desse “mais mais”, iniciando-se, em seguida, o percurso do “menos mais” em direção à atonicidade.


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