Jéssica Monteiro de Godoy, María Cristina Gobbi
A abertura do processo de impeachment da então presidente da República eleita por voto popular Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal em 2016 marcou a política e a sociedade brasileira. A televisão, especialmente, foi central na construção desse acontecimento para e pelo público. Destacam-se duas emissoras nessa cobertura: TV Brasil e Globo. A primeira, por ser a proposta nacional pioneira de TV pública com oito anos de experiência. A segunda, por se tratar da maior emissora comercial do país, referência do público brasileiro em televisão pela história hegemônica que construiu no setor da radiodifusão. Ambas, com perfis e propostas teoricamente distintos, refletidos nas escolhas e construções dos conteúdos exibidos. Sobretudo no jornalismo, que forma ou “destrói”, nas palavras de Chauí (2006, p. 14), a opinião pública. É a construção do acontecimento pelo jornalismo nessa cobertura, que levou ao aceite da continuidade do processo de impeachment, o interessante a este artigo.
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