Thaís Daniele Antonussi, Flávia Raquel Rodrigues, Giovane Munhoz Alves Da Silva, Rosana da Cruz Lino Salvador, Carla Daniela Dan Nardo, André Luiz Baptista Galvao
As serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por cerca de 90% dos casos de acidentes ofídicos em seres humanos na América do Sul, sendo que deste valor, 89% dos casos ocorrem no Brasil, isso ocorre devido ao fato de que o Brasil possui as características necessárias para o habitat das serpentes botrópicas. O acidente botrópico apresenta como características as marcas das presas da serpente no local da picada, edema, sangramento local e até necrose; sendo assim o veneno possui ações proteolíticas, vasculotóxicas e coagulantes. Para o diagnóstico do acidente botrópico deve-se levar em consideração o histórico do paciente, achados no exame físico e nos exames laboratoriais, que sugiram o acidente. Sempre que houver suspeita de acidente botrópico deve ser avaliado o tempo de coagulação sanguínea (TC), que geralmente encontra-se de aumentado (maior que 10 minutos) a incoagulável (maior que 30 minutos). O tratamento baseia-se na soroterapia devendo ser realizado o mais rápido possível, podendo ser utilizado o soro antibotrópico ou soro polivalente. Considerando a importância dos acidentes botrópicos no nosso país, objetivou-se com esta revisão bibliográfica abordar o acidente botrópico, tanto pelas suas propriedades tóxicas quanto farmacológicas, bem como as medidas terapêuticas na condição deste tipo de acidente.
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