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Resumen de Ceuta não foi conquista, mas começo dela

João Marinho dos Santos

  • English

    In the respective political programs of the “King of Happy Memory” and his closest successors, Ceuta appears as an important “conquest”, which should not remain isolated. On the contrary, it would be the seat of a “royal domain” that contributed to ensure the independence of Portugal and to strengthen its national cohesion, undermined by the “Long Depression” of the 14th century and the first half of the 15th century. Due to specific and circumstantial reasons, Ceuta remained an isolated fortress until 1458 (conquest of Ksar es-Seghir). Up to that date, Portugal opened new routes in its overseas expansion with: the participation in the privateering of the Mediterranean-Atlantic (up to the outskirts of Sierra Leone); the discovery and colonization of the Atlantic islands; the dispute (for economic and geo-strategical reasons) for the ownership of the Canary Islands and the difficult defense of Ceuta (for the satisfaction of its own interests and of those of the Res publica christiana)... Hence, Ceuta was, actually, a “beginning” of conquests, of discoveries and of the exploitation of economic resources, which opened a new and decisive stage in the internationalization and globalization process.

  • português

    Nos respectivos programas políticos do “Rei da Boa Memória” e dos seus sucessores mais próximos, Ceuta figurou como “conquista” importante, mas que não deveria ficar isolada, antes seria sede de um “senhorio régio” que concorresse para garantir a independência de Portugal e reforçar a coesão nacional, debilitada pela “Longa Depressão” do século XIV e da primeira metade do seguinte. Por razões específicas e conjunturais, Ceuta manteve-se praça isolada até 1458 (conquista de Alcácer Ceguer), mas até lá Portugal abriu novos rumos da sua expansão ultramarina com: a participação no corso do Mediterrâneo- Atlântico (até às proximidades da Serra Leoa); com a descoberta e a colonização de ilhas Atlânticas; com a disputa (por razões económicas e geo-estratégicas) da posse das Canárias; com a difícil defesa da cidade Ceptil (para satisfação dos interesses próprios e da Respublica Christiana)... Enfim, Ceuta foi, efectivamente, “começo” de conquistas, de descobertas e de exploração de recursos económicos que abriram nova e decisiva fase no processo da mundialização e da globalização.


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