Resumen de A afirmação quilombola no quilombo santa rita do bracuí

Aline Cristina de Oliveira Abbonizio, Amanda de Souza, Emerson Luiz Ramos

• English

  This article deals with the affirmation of Quilombola identity in the Quilombo Santa Rita do Bracuí, located in Angra dos Reis (Rio de Janeiro, Brazil). This information was collected in order to systematize the struggle, unchained in the mid-1990s, for recognition and achievement of their cultural and territorial rights. For this purpose we recovered the historical context of the formation of the current territory of the Quilombo, an old sugar plantation sustained by the work of illegal African slaves. The genesis of the Quilombola identity affirmation is based on hearing the current residents, and this was made together with two Quilombola research assistants residing within the community. We concluded that the Quilombola identity affirmation, by being associated with the struggle for cultural and territorial rights, could be understood as Popular Education, which is, at the same time, a communitarian self-education, a means to political awareness, and a struggle against historical situations of injustice and disrespect.

• português

  Este artigo trata da afirmação da identidade quilombola no Quilombo Santa Rita do Bracuí, localizado em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. Essas informações foram levantadas com o objetivo de sistematizar um processo de luta por reconhecimento e realização de direitos culturais e territoriais desencadeado em meados da década de 1990.

  Para tanto, recuperou-se o contexto histórico de formação do território do atual quilombo, uma antiga fazenda de cana-de-açúcar baseada no trabalho de pessoas africanas escravizadas ilegalmente. A gênese da afirmação quilombola é apresentada a partir da escuta dos atuais moradores e foi coletada juntamente com dois estudantes-pesquisadores quilombolas residentes na comunidade. Concluiu-se que a afirmação quilombola, ao vincular-se à luta pela terra e por direitos culturais, pode ser entendida como educação popular, ou seja, como autoeducação comunitária, conscientização política e combate a situações históricas de injustiça e desrespeito.