A partir da consagrada etnografia de Michael Taussig (1987), reflete-se sobre o uso da teoria crítica de Walter Benjamin em antropologia e os conflitos epistemológicos da disciplina que emergiram a partir da década de oitenta. Embora os debates se deem em contexto pós-colonialista, as diferentes propostas teóricas ensejam consequências diversas. Enquanto para os defensores do “encontro etnográfico” as aporias da teoria social levam a uma falta de diálogo com o outro, a teoria crítica, na qual Taussig busca inspiração, coloca-se ao lado da problemática da consciência histórica, projetando o outro como espelho do ocidente. Tais questões remetem à tradição compreensiva da disciplina antropológica e sua função política.
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