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Resumen de El SIVIGILA, una infraestructura que moviliza enfermedades, prácticas y políticas de vigilancia en salud pública

Eddier Alexander Martínez Álvarez

  • español

    Las tecnologías son fundamentales en las grandes organizaciones. Son paradójicas, porque facilitan y dificultan, a la vez, el cambio organizacional. Una infraestructura, que ocupa un espacio físico y está situada en un marco temporal, aparece cuando las prácticas locales son producidas por una tecnología de mayor escala. Estas incluso pueden ser usadas de forma naturalizada por sus usuarios (Star y Ruhleder, 1996). El Sistema de Vigilancia en Salud Pública colombiano (sivigila) es un lenguaje común usado por actores heterogéneos vinculados con la vigilancia en salud pública (vsp), cuyo objetivo es consolidar conocimientos siempre disponibles y actualizados periódicamente, para develar el comportamiento de los procesos de salud y enfermedad, predecir los momentos o situaciones de riesgo de la población y orientar las intervenciones más adecuadas para contrarrestar los posibles daños individuales y sociales. En palabras de cualquier actor del sivigila, su función es contar con información útil para la toma de decisiones en salud, que es el objetivo último de la vsp. El objetivo de este artículo es describir cómo el sivigila se constituye en la infraestructura para desarrollar la vsp. Para ello, se realizó un estudio de caso con un enfoque etnográfico multilocal (Cresswell, Worth y Sheikh, 2011; Marcus, 2001). Este enfoque permitió identificar las características de la comunidad de práctica y describir las relaciones entre los actores. Mediante el modelo de Susan Leigh Star (Bowker y Star, 2000; Star, 1999; Star y Ruhleder, 1996), se identificaron en el sivigila las ocho dimensiones de las infraestructuras propuestas por la autora. Se puede concluir que las infraestructuras solo pueden hacerse visibles cuando están en funcionamiento y cuando todos sus actores participan. De esta manera, se resuelven las tensiones entre lo local y lo global (Star y Ruhleder, 1996).

  • English

    Technologies are critical in large organizations, but they have a paradoxical nature that in turn facilitate and hinder organizational change. Rather than occupying a space and place in a specific time frame, an infrastructure appears when a set of local practices are produced by a larger scale technology and can then be used as a naturalized form by its users (Star and Ruhleder, 1996). This article describes how the Colombian Public Health Surveillance System (sivigila) constitutes the infrastructure to develop Public Health Surveillance (phs). For this, I conducted a case study with a multi-sited ethnographic perspective (Cresswell, Worth and Sheikh, 2011; Marcus, 2001). From Susan Leigh Star’s model, I identified in sivigila the eight dimensions of infrastructure proposed by Star (Bowker and Star, 2000; Star, 1999; Star and Ruhleder, 1996). It can be concluded that infrastructures can only become visible when they are in operation and with the participation of all its actors, thus solving the tension between the local and the global (Star and Ruhleder, 1996).

  • português

    As tecnologias são fundamentais nas grandes organizações. São paradoxais porque facilitam e dificultam, ao mesmo tempo, a mudança organizacional. Uma infraestrutura que ocupa espaço físico e está situada num período determinado aparece quando as práticas locais são produzidas por uma tecnologia de maior escala. Estas, inclusive, podem ser usadas de forma naturalizada por seus usuários (Star e Ruhleder, 1996). O Sistema de Vigilância em Saúde Pública colombiano (sivigila) é uma linguagem comum usada por atores heterogêneos vinculados com a vigilância em saúde pública (vsp), cujo objetivo é consolidar conhecimentos sempre disponíveis e atualizados periodicamente, para revelar o comportamento dos processos de saúde e doença, prever os momentos ou situações de risco da população e orientar as intervenções mais adequadas para diminuir os possíveis danos individuais e sociais. Em palavras de qualquer ator do sivigila, sua função é contar com informação útil para a tomada de decisões em saúde, que é o objetivo final da vsp. O objetivo deste artigo é descrever como o sivigila se constitui na infraestrutura para desenvolver a vsp. Para isso, realizou-se um estudo de caso com um enfoque etnográfico multilocal (Cresswell, Worth e Sheikh, 2011; Marcus, 2001). Esse enfoque permitiu identificar as características da comunidade de prática e descrever as relações entre os atores. Mediante o modelo de Susan Leigh Star (Bowker e Star, 2000; Star, 1999; Star e Ruhleder, 1996), identificaram-se no sivigila as oito dimensões das infraestruturas propostas pela autora. Pode-se concluir que as infraestruturas só podem tornar-se visíveis quando estão em funcionamento e quando todos seus atores participam delas. Dessa maneira, resolvem-se as tensões entre o local e o global (Star e Ruhleder, 1996).


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