A "desreificacao" como fenômeno ético: uma re-leitura da tese de Berger e Luckmann sobre a construção social da realidade

• Autores: Josenildo Luiz Guerra
• Localización: Tomo, ISSN-e 1517-4549, n. 4, 2001, págs. 29-53
• Idioma: portugués
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  • English

    This essay discusses the influence of Berger's and Luckman's thoughts about the studies within theory ofjournalism. Such influences bring a comprehension of journalism, according to the coneept of objectivity as an activity which takes place ideologieally in order to legitimate the status quo. However, it defends that tbis conception hasn't been ab1e to develop any ethic or professional alternative for the practice of journalism. The refusal of objeetivity means to those thesis the possibility of critic, denouncing the activity ofjournalism because it apprehends a reality wruch is taken as a pattern to its "objcctive" discourses. But this essay suggests that the relationship between knowledge, reality and legitimacy - which are in the source ofthe critic to the objectivity - is not enough to explain the whole problem. The possibility of critic wouldn't be within the capacity of desreification of the subjects, but rather, in its possibility of etbie consideration.

  • português

    O texto discute a influência do pensamento de Berger e Luckmann nos estudos em teoria do Jornalismo. Tal influencia induz a uma compreensão do Jornalismo, fundado no conceito de objetividade, como uma atividade que atua ideologicamente para a legitimação do status quo. Tal concepção, porém, não conseguiu desenvolver nenhuma alternativa de natureza ética e profissional para a pratica do Jornalismo. A recusa da objetividade representa para essas teses a possibilidade de crítica, denunciando a atividade jornalística por apreender uma realidade reificada como parâmetro para seus discursos "objetivos". Este texto sugere, porém, que a relação conhecimento, realidade e legitimação - que está no cerne da crítica a objetividade - e insuficiente para dar conta do problema. A possibilidade de crítica não estaria situada na capacidade de "desreificacão" do sujeito, mas na sua capacidade de reflexão ética.