A terapia intensiva pediátrica (UTI) tem o intuito de prover o cuidado ideal às crianças em grave estado de saúde. Objetivou-se verificar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes admitidos na UTI Pediátrica e Adolescente do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência no ano de 2010. Estudo transversal, retrospectivo, descritivo, com coleta em 132 prontuários, que foram analisados no período de janeiro a março de 2011, no setor de arquivamento de prontuários do HMUE, por meio de ficha de coleta de dados. Dos 132 prontuários coletados, observou-se que o sexo mais prevalente dentre os pacientes internados em 2010, foi o sexo masculino, tendo o trauma maior ocorrência na idade de 1 a 3 anos (30,3%). O principal diagnóstico de admissão foi o trauma cranioencefálico (36,4%), seguido de politrauma (24,2%) e queimaduras (15,9%). No que diz respeito aos municípios de maior procedência de pacientes, o município de Belém destacou-se com 27 casos (20,5%). A média de permanência dos pacientes no serviço foi de 20 dias, e a maior taxa de mortalidade ocorreu após 24 horas de internação. Quanto aos pacientes que fizeram uso de ventilação mecânica invasiva, 73 pacientes foram ventilados artificialmente, principalmente em decorrência do rebaixamento do nível de consciência. Dessa forma, este estudo vem demonstrar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes admitidos em um hospital referência em trauma, favorecendo o entendimento desta problemática, podendo embasar estudos locais, e, sobretudo, fomentar estratégias de solução para a minimização de tais injúrias, muitas delas incapacitantes.
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