Vinculado ao grupo de pesquisa “Interação e escrita no ensino e aprendizagem” (UEM/CNPq), o objetivo deste trabalho é discutir resultados parciais sobre o papel do gênero diário como instrumento de interlocução entre professor formador e professor em formação durante a disciplina de Prática de Ensino de Língua Portuguesa. O referencial teórico ancora-se no interacionismo social e no interacionismo sócio-discursivo bronckartiano. Os professores em formação produziram, ao longo do ano letivo de 2006, diários introspectivos nos quais o objetivo maior era obter uma interação mais efetiva entre professor formador e professor em formação, tendo emvista, principalmente, o baixo índice de motivação e de confiança em si mesmos com que os acadêmicos chegam a essa disciplina. Entretanto, para além dessa função, outros papéis desse gênero foram aparecendo. Esse estudoaponta para a importância de vermos os gêneros textuais como uma ferramenta psicológica (cf. SCHNEUWLY, 1994), no sentido vygotskyano do termo, o que quer dizer que o diário pode ser considerado um instrumentocatalisador na formação inicial.
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