Este artigo realiza a reflexão da relação universidade, conhecimentoe as Tecnologias da Informação e da Comunicação, situando-a no contexto das mudanças ocorridas nos diferentes tempos históricos. Também aborda a sua configuração na Revolução Industrial, em que o trabalho manual era uma categoria central, e na contemporaneidade, com a revolução da microeletrônica, quando o trabalho intelectual passa a ser centralidade. A Revolução Industrial trouxe a invenção de novos artefatos que conduziu ao avanço da imprensa e a luta pela universalização do conhecimento e da informação. A revolução da microeletrônica trouxe com a presença das tecnologias digitais a luta pela universalização e democratização das tecnologias e do conhecimento pela possibilidade de acesso as redes digitais por meio de políticas de infraestrutura e de educação e comunicação. A cultura se torna mercadoria e a relação conhecimento e produção se aprofunda trazendo para interior da universidade pública uma grande contradição: aquela referente à inserção subordinada no processo de produção em geral, como ocorre com qualquer trabalho, no capitalismo, e aquela ligada à função de mediação, pelo fato de se tratar de produção de sentido. A reflexão da função secular da universidade e do conhecimento em um mundo que nos desafia com o espectro da exclusão social são inadiáveis.
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